Por Segundo o Portal Gazeta Web, informação foi confirmada pelo juiz responsável pelo caso, Alfredo Mesquita; crime aconteceu em dezembro de 2013
Um homem acusado de matar a filha adotiva de 11 anos foi preso, nesta sexta-feira (28), no município de Dois Riachos, no interior de Alagoas, após contradição em depoimento feito à polícia. A informação foi confirmada pelo juiz responsável pelo caso, Alfredo Mesquita.
O crime aconteceu em dezembro de 2013, na residência onde Manoel Alves Florêncio – acusado de cometer o homicídio – morava com a vítima, na Avenida Frei Damião de Bozzano, localizada em Dois Riachos.
A vítima foi encontrada na cama de um dos quartos, com marcas de “instrumento corto-contundente” na região do pescoço, na mão esquerda e na mão direita, com separação de três dedos do corpo, além de golpes de um “instrumento pérfuro-cortante” nas regiões torácica esquerda e axilar esquerda, conforme detalhes da denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL).
Em depoimento à época do crime, de acordo com a denúncia, Manoel afirmou que, no dia do crime, saiu de casa por volta das 5h30, como de costume, para abrir seu estabelecimento comercial. Ele ainda disse que a esposa saiu do imóvel às 6h, deixando a vítima sozinha. Em seguida, por volta, das 07h30min, ele foi surpreendido por uma funcionária da família, que informou a morte da menina.
No entanto, em juízo, em fevereiro de 2019, o acusado apresentou uma “versão controvertida daquela prestada na Delegacia. Ele afirmou, “com certeza, ter saído de sua residência às 5h e que esse horário não era de costume. Afirmou que o primeiro quarto da residência era seu e de sua esposa. Ao ser indagado por este parquet se voltou para casa em algum momento, afirmou “não voltei, não voltei” e que por volta das 07h30min recebeu a notícia de “Cicinha” e foi para sua residência”, diz trecho da denúncia.
A denúncia ainda relata que, em certo momento, Manoel se exaltou ao ser indagado sobre a afirmação de uma das testemunhas, que o viu saindo do local do crime por volta das 07h. Ele afirmou que a testemunha estava mentindo.
“Fica clara a dinâmica do crime, o denunciado voltou à residência no momento em que a vítima se encontrava sozinha e ceifou a sua vida com crueldade e durante todo esse tempo vem manipulando as pessoas e os órgãos institucionais da cidade do fato, ocultando provas, agindo com muita frieza e sagacidade, ficando demonstrado ser um homem frio, cruel e estatuto”, diz outro trecho da denúncia.
Diante das informações, o Ministério Público de Alagoas pediu, em fevereiro de 2021, a prisão preventiva de Manoel, que acabou sendo preso nesta sexta (28), ficando à disposição da Justiça.
Fonte: Gazeta Web
